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A GRAMA DO VIZINHO É MAIS VERDE?

  • Foto do escritor: Flavio Santana de paula
    Flavio Santana de paula
  • 6 de mar.
  • 2 min de leitura

Na caminhada espiritual, é natural que surjam dúvidas e questionamentos sobre o terreiro em que estamos. Muitas vezes, olhamos para outros lugares e nos encantamos com o que vemos de fora: uma estrutura organizada, uma casa cheia de médiuns, atendimentos que parecem impecáveis, um dirigente carismático e, aparentemente, tudo funcionando em harmonia. Mas será que essa impressão reflete a realidade?


É aqui que entra a frase: “A grama do vizinho é verde, mas é sintética.” O que isso significa? Que nem tudo o que parece perfeito de fora realmente é. Muitas vezes, ficamos deslumbrados com a aparência, com a fala bonita, com a promessa de um caminho sem dificuldades, mas esquecemos que toda casa tem seus desafios, suas regras e suas provações.


Antes de pensar em trocar de terreiro, é essencial fazer uma análise sincera do que realmente nos motiva. Estamos saindo porque há um real desalinhamento com os fundamentos da casa, ou porque estamos buscando um caminho mais fácil, onde as cobranças e responsabilidades pareçam menores? Estamos realmente insatisfeitos, ou apenas nos deixamos levar pela ilusão de que outro terreiro será perfeito?


Cada terreiro tem sua energia, sua egrégora e sua missão. Quando nos comprometemos com uma casa espiritual, criamos laços, vínculos com os guias, com os irmãos de fé e com o próprio terreiro. Abandonar esse caminho sem reflexão pode gerar um afastamento não só da casa, mas também da espiritualidade que ali nos acolheu e trabalhou por nós.


Isso não significa que nunca devemos mudar de terreiro. Há momentos em que a troca é necessária e até saudável, principalmente quando há desrespeito, falta de ética ou quando sentimos que aquele ciclo realmente se fechou. Mas essa decisão deve ser tomada com consciência, e não apenas por impulso ou por uma ilusão de que o outro lado será perfeito.


Por isso, antes de olhar para fora e desejar o que parece melhor, olhe para dentro. Reflita se os desafios que enfrenta não são parte do seu aprendizado, se as dificuldades não são, na verdade, oportunidades de crescimento. Nem toda casa é para todo mundo, mas toda casa tem algo a ensinar.


E lembre-se: a grama do vizinho pode parecer mais verde, mas será que ela é natural ou apenas sintética?


Texto: Flávio Santana

 
 
 

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