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SOU NAMORADA DO MEU PAI DE SANTO! SOU MÃE DE SANTO?

  • Foto do escritor: Flavio Santana de paula
    Flavio Santana de paula
  • 2 de abr. de 2024
  • 2 min de leitura

Hoje vou fazer um relato pessoal e responder a questão que em 90% das vezes que abordo o assunto, ela aparece.


Eu namoro meu pai de santo. Em alguns terreiros, relacionamentos entre irmãos é proibido, principalmente entre o pai/mãe de santo e seus filhos.

Essa regra não se aplica a minha casa. Já tivemos alguns irmãos que se conheceram no solo sagrado e iniciaram a relação. Mas o ponto não é esse.


A questão que sempre surge para mim, é a seguinte: já que eu namoro meu pai de santo, automaticamente me torno mãe de santo? Bom, na minha casa, a resposta é um NÃO bem grande. E isso envolve muitos fatores que vou explicar.


Um dos primeiros pontos nessa questão é sobre chamado. Eu não tenho chamado para ser dirigente. Quem tem, é meu pai de santo. Então, não vejo sentido em ter um cargo que não seja meu por direito. Em algumas casas, acontece o oposto, pois eles enxergam o casal como uma só pessoa. Então, o (a) parceiro (a) do (a) dirigente será dirigente também. Eu, particularmente, não vejo muito sentido nisso. Já pensou se um pai/mãe de santo trocar de parceiro (a) 20 vezes ao longo da vida? Rs...


Um segundo ponto, é o conhecimento. Faz 2, quase 3 anos que faço parte da casa e meu conhecimento é um grão de areia. Como poderia eu ser mãe de santo e conseguir resolver os problemas dos meus - então irmãos - filhos de santo? Acho uma tarefa razoavelmente difícil. Tem-se que ter em mente que o desenvolvimento mediúnico e o conhecimento acerca da religião do pai/mãe de santo, devem ser bem abrangentes. O que (ainda) não é meu caso.


Por fim, um último ponto: eu não quero ser mãe de santo. E, graças a Oxalá, sou muito respeitada pela minha decisão. A única pessoa que me faria mudar de decisão - e na marra -, seria Seu Tiriri. De resto, me mantenho como filha.


E como funciona essa relação dentro do terreiro? É simples: da porteira para dentro, ele é meu pai de santo e sou filha de santo dele. Mesmos cargos de antes da relação, mesmo respeito, mesma forma de tratamento que outros irmãos têm. Dentro do terreiro não existem demonstrações de afeto, de favoritismo e muito menos apelidinhos afetuosos. Nossa relação se dá das portas do terreiro para fora. E todos irmãos conseguem enxergar que nossa relação muda quando estamos dentro do terreiro.


Texto: Roberta Franciscati

 
 
 

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Roberta Franciscati
Apr 02, 2024
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